Ontem e tendo em conta a data consumista romântica que se assinalou, eu e a minha namorada também fizemos por ter um programa diferente, arrumámos a arrecadação. Aqui posso gabar-me um pouco, pois acredito que a nossa seja "A menos atolada de coisas que já não são realmente necessárias, mas que também não se sabe como se desfazer delas" cá do prédio.

Após a dita arrumação e limpeza, tirámos fotos a um banco que musculação que temos para colocar anúncio no OLX. Não quis ser, como se diz na minha zona, galifão e coloquei o banco para venda com o mesmo valor pelo que o comprei também com o intuito de o despachar. Nunca tinha tido tantas pessoas interessadas num dos meus anúncios. Vi-me obrigado a fazer uma lista para não me perder em quem tinha enviado mensagem primeiro. Encontro-me neste momento à espera que uma das primeiras pessoas que me contactou diga se quer mesmo, para responder aos restantes que contactaram.

E como em outros anúncios que tenho há sempre alguém com, digamos, genica a mais para o que é um simples negócio em segunda mão. Houve uma senhora que se mostrou pronta desde a primeira mensagem com enorme vontade de vir buscar o banco e para eu o guardar. Pois apesar de não morar aqui na zona, tinha alguém conhecido que ia fazer esse trajecto precisamente no mesmo dia, ontem. Sei que não é descabido, existe sempre uma possibilidade por mais pequena que seja. Mas o curioso é que não perguntou como poderia fazer o pagamento, nem mesmo quando me pediu para guardar o banco. Como é óbvio, pelo menos para mim, não dei grande conversa e eventualmente cansou-se. E agora? Agora espero que a pessoa a quem mandei mensagem de manhã, senão venha o próximo da lista.

Parece que vai ser mais um dos posts cliché desta data, mas aqui vai.

Acho uma certa piada como o facto de São Valentim que celebrava casamentos enquanto o Imperador Cláudio II estava no poder mesmo sendo proibido, ao que parece o imperador queria formar um exército sem igual e achou que impedir o casamento ia fazer com que os seus homens ficassem mais focados. Não correu muito bem pois ele acabou por ser executado a dia 14 de Fevereiro de 270.

Podem dizer que é um texto de alguém que está ressentido por não ter um encontro neste dia, mas não é apenas a minha visão de como algo que acredito que já tenha sido um dos dias mais, e passo a expressão, fofinhos do ano para um casal. O problema é que tornou-se extremamente comercial, é o dia do ano em que se é obrigado a comprar algo para oferecer à nossa cara metade. E a minha pergunta é porquê hoje? Porquê 14? Será que a outra pessoa iria desconfiar se dessem uma prenda num dos outros 362 dias do ano, já estou a descontar o dia de anos e o dia de Natal. Foi a isto que chegaram as relações actuais? Não estou a dizer que são todas assim, mas acredito que existam algumas nestes paramêtros. E acho que encontrei um desses casos na minha do secundário e pelo que ela me disse nesse dia, receber algo noutro dia que não fosse o de hoje, o de anos ou o de Natal seria estranho e dar-lhe-ia razões para desconfiar.

Pode-se dizer "ah, quando namorares vai ser diferente", pode ser como pode-se manter tudo na mesma, depende do tipo de relação que se mantiver.

Ainda relacionado com este dia e num site  que costumo visitar e do qual já falei aqui, o 9gag, têm aparecido uns quantos conselhos, pelo menos assim chamados por quem os deixa lá. Alguns até podem aprecer úteis, mas outros se tivessem ficado na cabeça de quem os pensou teria sido melhor. Acho que não existem regras a seguir, todas as pessoas são diferentes e vão reagir de forma diferente mesmo que seja à mesma pick-up line.

Só mais uma coisa, chamar Dia dos Encalhados parece uma forma um bocado tosca de chamar a atenção para se dizer que se está solteiro. Existem formas mais subtis, como num hotel onde trabalha um antigo colega meu de faculdade, ontem dia 13 fizeram um chamado Jantar das Amigas. Pessoalmente é uma forma mais simpática. E ainda há o caso de quem está solteiro simplesmente porque quer/gosta. O meu caso? Acho que uma msitura desse com um pouco de azar ou simplesmente o facto de ainda não ter encontrado a pessoa que me "prendeu".

sei que ficou um pouco grande, mas não foi por mal.

Feliz dia de São Valentim