Desconfinamento, Parte... (já perdi a conta)
Primeiro, escrever com um penso no dedo não é das coisas que mais jeito dá, mas é o resultado quando tens as facas afiadas e não olhas para o que estás a fazer.
Segundo, não é isso que me traz aqui. De todas as vezes que se ouve falar em confinamento e consequente desconfinamento, há um tema que vem à baila mais depressa que uma rolha de cortiça vai à tona da água. As escolas. Se abrem, se não abrem, se é preciso usar máscara, que anos é que são prioritários. Muitos se debatem quanto a este tema, nem todos com os conhecimentos necessários, ou melhores argumentos. Até eu me posso incluir nessa categoria. Pois no que toca às escolas, o mais próximo que tenho à área da educação são duas irmãs, ambas professoras há mais de 10 anos, em áreas distintas e ambientes escolares distintos.
E ainda assim nem me parece que sejam os professores, ou até mesmo os alunos, os mais expectantes, (sei que se fosse eu enquanto aluno nesta situação não o estaria). Assim sendo, parece-me que os pais são quem mais quer que as escolas abram. E há que ver que não estou a condenar ou a chamá-los de maus pais. Mas parece que a partir do momento em que se sabe que os gaiatos vão ter de ficar em casa, começa uma contagem decrescente para uma data que ainda não se sabe bem qual vai ser. Ou seja, aquela criança que tanto quanto se sabe foi desejada e planeada, torna-se de repente num - inserir termo a gosto -. Já vi situações a mais de pessoas que tiveram de pedir desculpas por coisas que escreveram na internet há uns anos, e não sei onde vou estar daqui a 10 anos. Mas como diz a minha namorada "Quem mal não faz, mal não pensa".
Voltando ao tema central desta publicação, qual a vontade/curiosidade/intromissão/inconveniência de estar tão a par das perspectivas de vida das outras pessoas? Ter uma criança, ou quiçá duas, é um passo que a mim me parece enorme e para que tal aconteça são necessários certos aspectos que devem estar conformes. Para além de uma certa estabilidade financeira, estabilidade emocional é, na minha opinião, ainda mais importante. É, ainda, imperial que haja concordância de ambas as partes. Por exemplo, eu e a minha namorada já falamos deste tema antes, não é nem deve ser tema tabu. O mesmo se aplica a casamento. A nossa conclusão? Ainda é cedo. Ainda há muito que queremos fazer.
Sei que há outros aspectos a ter em conta e que por mais que tentemos controlar vai ser difícil. A família vai intrometer-se, a criança vai receber prendas às quais os pais é que vão ter de fazer cara de pau, e é melhor eu ir praticando, nem sempre consigo esconder o que me vem à cabeça.
E onde é que eu queria chegar com este texto? Às vezes só me lembro dos temas, alguns que não passam de uma frase só, mas que de alguma forma eu estendo e estendo e estendo. Estão a ver quando se está a andar e num milésimo de segundo ficamos conscientes do que estamos a fazer e quase caímos? Na minha cabeça é mais ou menos isso.