Clorofila
Hoje fui ao barbeiro. Depois de ter ido em Janeiro e não ter podido ir em Fevereiro e Março, sobrou para esta manhã de Abril. Depois de estar sentado e com a típica bata por cima da roupa, veio a conversa de ocasião e claro está veio à tona a personalidade do momento, o covid. É como a Cher, uma palavra basta. Digamos que andamos nisto há um ano, já é tempo das coisas estarem minimamente interiorizadas. Ou não, mas isso seria discussão para outro momento.
Voltando à cadeira do barbeiro e diz-me ele assim - "Recebi no outro dia uma mensagem pelo Whatsapp de um familiar meu." - pequena pausa - "Há um estudo de uma médica que diz que a clorofila é um tratamento barato e eficaz contra várias doenças. Só que como não é muito rentável não apostam como medicamento.". Olhei com uma certa descofiança para o que tinha sido dito, mas visto que ainda estava a meio do corte não me pronunciei muito, não quis arriscar muito. Mas disse que achava díficil de acreditar que isto fosse uma cabala a nível mundial contra a população. Se valeria mesmo a pena tudo isto que se está a passar por uma quantia, ainda que possivelmente avultadíssima, de dinheiro. A conversa morreu por ali, mas clorofila não me saía da ideia. Sabia que conhecia a palavra, mas não estava a associar a ao quê. Já só quando cheguei a casa é que me lembrei. A clorofila, e explicando isto da forma mais rápida possível, é o que dá a cor verde às plantas.
Se realmente é um super medicamento contra todas as maleitas que nos afligem? Não sei, não me pus em pesquisas pois tenho um certo receio que me leve a sites que me instalem 7 toolbars no Firefox.
E pronto, hoje fui ao barbeiro, mas a barba continua.