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- barriga cheia, dentes lavados e cama confortável são factores que parecem ajudar na minha escrita e possíveis parvoíces sobre as quais possa vir a escrever -
A quarentena não foi tão horrível como algumas pessoas a descreveram. Estar em casa o dia todo com roupa confortável e não necessariamente apelativa, televisão ou música como pano de fundo e almoçar e jantar sempre com a minha namorada. Podemos fazer sempre isto por uma semana apenas todos anos a partir de agora? Não? Pronto, tentei então.
Agora num tom mais sério, acredito que para algumas pessoas lhes tenha custado. É da natureza humana ser do contra, ou pelos menos assim parece. Por exemplo, cada vez mais se atenta à ergonomia quando se desenham novas cadeiras. E como é que nós sentamos e sentimos mais confortáveis? Pois, lá está.
Eu estive em casa entre finais de Março e finais de Junho, 3 meses praticamente. Parte em tele trabalho e parte em desemprego. Não saí de onde estava devido à pandemia. Fi-lo pelo meu bem estar mental. No decorrer dos últimos tempos, eu andava sempre nuns altos e baixos no que tocava à minha estabilidade emocional, ora estava muito bem e super confiante no trabalho, como estava muito em baixo e só me apetecia ficar em casa a olhar para a televisão sem fazer grande esforço mental.
Já perto do fim do confinamento houve um desentendimento entre mim e a empresa onde trabalhava e decidi apresentar a minha demissão. Felizmente facilitaram-me a saída e não pensei duas vezes.
Admito que também tive as minhas inseguranças quando comecei neste novo trabalho. Sentia-me um pouco sem norte devido ao dito micro managing que já tinha experienciado. Actualmente tenho mais liberdade na tomada de decisão e é bom. Sinto-me mais útil e não apenas mais um.